Às vezes eu tenho muita raiva do amor.
Sabe por que?
Porque ele vive na gente, independe de aceitação alheia, vive fazendo-nos interpretar coisas que não são.
Porque ele fica preso no olhar, não consegue sair.
Porque espera o cérebro decidir. Fica andando em círculos. Ele tem certeza de que é sincero mas mesmo assim tem medo de existir.
Coitado do amor...
Mas não posso me deixar levar! Eu acho. Eu não deveria estar opinando sem conhecer as possibilidades; aliás, eu nem deveria estar aqui escrevendo mal dele, já que ele me acompanha há muitos anos.
Alguém aí tem um manual do amor? Como tratá-lo? Dá pra brigar com ele e mandá-lo embora? Embora de mim? E como será que eu ficaria: tornaria-me uma pessoa fria? Feia? Má?
Enfim... o amor pra mim é uma inversão da lei da relatividade: eu dou-lhe horas e ele me devolve segundos, talvez até falsos segundos, que eu queria que se estendessem à eternidade.
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