quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Misterioso amor

Créditos da imagem são de Nenyu

Às vezes eu tenho muita raiva do amor.
Sabe por que?

Porque ele vive na gente, independe de aceitação alheia, vive fazendo-nos interpretar coisas que não são.
Porque ele fica preso no olhar, não consegue sair.
Porque espera o cérebro decidir. Fica andando em círculos. Ele tem certeza de que é sincero mas mesmo assim tem medo de existir.

Coitado do amor...

Mas não posso me deixar levar! Eu acho. Eu não deveria estar opinando sem conhecer as possibilidades; aliás, eu nem deveria estar aqui escrevendo mal dele, já que ele me acompanha há muitos anos.

Alguém aí tem um manual do amor? Como tratá-lo? Dá pra brigar com ele e mandá-lo embora? Embora de mim? E como será que eu ficaria: tornaria-me uma pessoa fria? Feia? Má?

Enfim... o amor pra mim é uma inversão da lei da relatividade: eu dou-lhe horas e ele me devolve segundos, talvez até falsos segundos, que eu queria que se estendessem à eternidade.

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