O vício é uma arte: provoca ansiedade, apreensão e um tanto de loucura. Se registra nas marcas, gritos, olhares e frases e se perpetua na reciprocidade. E a melhor parte… dê a palavra ao viciado, e ele vai dizer que seu vício não teve um início (sempre existiu) e nunca terá um fim, pois é como comer e respirar.
Que bom que não controlamos todos os sentimentos! Calcular é prejudicial quando o solicitado é apenas viver loucamente (tarefa na qual quero me aperfeiçoar cada vez mais). Calcular é parte integrante da rotina, que pode e deve ser encarada como uma válvula de escape nos momentos de quietude e cansaço.
O vício é uma arte porque quem se nutre dele só pode ser um artista. Como na vida real, o artista nem sempre é reconhecido já que não depende dessas prerrogativas misquinhas da realidade. É basicamente uma versão diminuta da vida, foca em pequenos instantes que daqui a pouco vão formar lembranças.
É certo que eu vou colecionar todas essas lembranças, pois quero, como um tolo,
todos estes momentos de falta de ar e calor, de encaixe e nostalgia. Tente não esquecer do brinde… é o encontro em que resumimos nossas projeções em uma frase.
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