segunda-feira, 16 de abril de 2012

Renascer

Às vezes acontece algo muito grande na minha vida e eu paro no tempo. Esta é a terceira ou quarta vez, mas é diferente agora. No segundo em que começa, o ambiente fica mudo, meus olhos castanhos passam a enxergar as coisas em câmera lenta. Muitos quadros por segundo. Consigo analisar e sentir a dor como uma agulha quente atravessando lentamente meu braço, furando perfeitamente os nervos e os ossos. Em meu subconsciente talvez eu esteja a uns 300 quilômetros por hora, disposto a correr o risco e pronto pra morrer.

É um colapso em todos os níveis que me permitem sentir a crueldade. Daí muita coisa começa a fazer sentido; passo a aprender sem professor. Veja bem: não se deixe levar pelas minhas palavras porque frequentemente o significado delas muda ou se perde. Mas pode tomá-las emprestadas, se precisar.


A Fênix. Imagem copiada dessa página.
Se o corpo não vive sem a mente, deve ser hora de renascer. (Como se eu fosse especial) fico jogando em vários lados, contra e a favor a mim e não há equilíbrio porque a perda é pior do que a vitória. Digo ‘não’ quando quero dizer ‘sim’ e apenas faço silêncio quando quero dizer ‘por favor, fique’. Sonhos vagos que eram minha realidade tornam pesadelos traços de um quadrado.

A multiplicidade… esqueça o meu talvez, estou sempre disposto a correr o risco, senão nunca terei histórias pra contar. Mesmo que não haja quem queira ouví-las ou que estejam tapando os ouvidos enquanto tentam ouvir outra voz, o protagonista não pode escrever o próprio nome no livro.


Mas… como ser otimista que sou, tudo o que eu lhe disse ainda está valendo. Sempre estará.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Seja silêncio

Eu fico pensando sobre porque fazemos tantos sacrifícios pelas pessoas...
Vale a pena sofrer por outrem?
Esperar por raios de sol em terras de tempestades?
Amar incondicionalmente, permitindo-se tudo, inclusive a surra da dor?

É algo que eu quero pra mim? 
É algo que procuro justamente por não ter? E se tiver, conhecerei?
Se conhecer, serei parte?
Se for parte, serei... feliz? Imagem do Lado B da Lua
Ficaria fazendo perguntas a vida inteira se isso não me tomasse o tempo para ir procurar as respostas.

Vale a pena? Sim.
Vai continuar sofrendo?

Lembre, seja lembrado.
Seja sincero.
Seja silêncio.

sábado, 7 de abril de 2012

Vício

O vício é uma arte: provoca ansiedade, apreensão e um tanto de loucura. Se registra nas marcas, gritos, olhares e frases e se perpetua na reciprocidade. E a melhor parte… dê a palavra ao viciado, e ele vai dizer que seu vício não teve um início (sempre existiu) e nunca terá um fim, pois é como comer e respirar.

Que bom que não controlamos todos os sentimentos! Calcular é prejudicial quando o solicitado é apenas viver loucamente (tarefa na qual quero me aperfeiçoar cada vez mais). Calcular é parte integrante da rotina, que pode e deve ser encarada como uma válvula de escape nos momentos de quietude e cansaço.

O vício é tentador.
O vício é uma arte porque quem se nutre dele só pode ser um artista. Como na vida real, o artista nem sempre é reconhecido já que não depende dessas prerrogativas misquinhas da realidade. É basicamente uma versão diminuta da vida, foca em pequenos instantes que daqui  a pouco vão formar lembranças.

É certo que eu vou colecionar todas essas lembranças, pois quero, como um tolo,  todos estes momentos de falta de ar e calor, de encaixe e nostalgia. Tente não esquecer do brinde… é o encontro em que resumimos nossas projeções em uma frase.