Eu preciso concluir as coisas que eu começo. Pelo menos as coisas boas.
Não concluir algo soa, sei lá, como um ato irresponsável. E é disso que estou tentando fugir. Por isso vou terminar de postar as ideias que eu guardei durante a minha viagem ao Rio Grande do Sul, em novembro de 2010.
Não lembro como foi aquele dia, mas lembro de como foi a sua noite.
Decidi dar um passeio. Lembro que estava um pouco frio e a lua estava crescente.
Peguei meu mp3 e fui caminhar.
A lua daquela sexta-feira estava bem parecida com essa da foto (copiada daqui.) Interessante... a lua é sempre a mesma mas nem sempre está igual. |
O bom de se estar sozinho é que pode-se pensar o quanto quiser, sem interrupções (a não ser que esteja muito exaltado, seja por um bom ou mal motivo), e colocar alguns pingos nos 'i'. Só que tem vezes que, à medida que a gente pensa, parece que os pingos estão acabando, mas ainda há muitos 'i'. Sabe?
E eu me identifiquei com aquela noite. Com um leve vento, profunda, silenciosa.
O bom da noite é a quietude. Nela, vozes e sons humanos são escassos e a vivência do indivíduo que presencia os momento escuros torna-se parte do tudo. Seja uma coruja vocalizando, grilos "cantando" ou o simples silêncio dos fótons que chegam ao mundo, a noite chama para uma ótima meditação, um ótimo conhecer-se. Só assim (ou essa é umas das formas), pode-se deixar de lado os valores culturais, revê-los e analisar o que realmente somos, o que realmente queremos. Será que somos o que queremos ou somos o que querem que sejamos. Voto para a segunda opção.
ResponderExcluirPois é. Acho que começamos a vida sendo o que querem que sejamos para que possamos julgar isso como errado. Não sermos nós servirá de referência depois.
ResponderExcluirObrigado por comentar!