quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Em alto vento


Dê o play e leia conforme a música


Olá, visitante
veja estes sonhos
não têm onde ficar.
agora me olhe e confesse
mesmo que só para meus ouvidos
que nem o mar é tão profundo...
que ele não mata a sede, eu já sei
ele é tão salgado
que meu espírito não consegue sobre ele pairar
espera a noite, veste-se de branco
o vento é gelado e tal umidade o permite vagar.

Ah, por essas correntes
há nossas vozes de crianças
mas é tão escuro
admira-se que resista o medo
que não se nutre sem o que atormentar.

E acima de todas as nuvens
a cada beijo com amor
amanhã, a cada 15 graus
veremos o sol se pôr
infinitas vezes e, antes do sono,
desenharemos nas nuvens com luz.

Eu estou aqui.
Esteja também,
e jamais voltaremos a ficar sós
e nosso coração não morrerá de novo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Will You Still Love Me Tomorrow?

Tonight you're mine completely
You give your love so sweetly
Tonight the light of love is in your eyes
Will you still love me tomorrow?

Is this a lasting treasure
or just a moment pleasure?
Can I believe the magic of your sight?
Will you still love me tomorrow?

Tonight with words unspoken
You said that I'm the only one... the only one
But will my heart be broken
when the night meets the morning star?

I like to know that your love
This know I can be sure of
So tell me now, cause I won't ask again...
Will you still love me tomorrow?
Will you still love me tomorrow?


By Garry Goffin 'n' Carole King, performed by Amy Winehouse

sábado, 10 de setembro de 2011

Os adjetivos do Caos

Sempre haverá alguém vazio tentando impedir o que, pra nós, otimistas, não necessita de opinião.
E como classificar isso? O que faz sentido pra você precisa fazer sentido pra mim?
Acho que o fato de não termos o mesmo reflexo no espelho responde por si.

É até um pensamento comum: Regras não deveriam existir. Acabamos por imaginar que algo está errado. E realmente está. É o caos que nos margeia... ele se alimenta de quantidade e confusão, e não estar maduro ou pelo menos esperto para percebê-lo chegar pode ser incômodo.

Mas, assim como a chuva, o caos talvez seja natural. Não uma opção, mas uma simples condição cujo objetivo seja colocar as coisas no devido lugar, de um jeito prático.
 

O caos é inigualável em sua capacidade de organização. De um modo rude, basta chacoalhar o mundo pra que os problemas sejam vistos por todos, pra que os pólos se invertam, pra que o amanhã chegue à meia-noite. Onde você vai estar à meia-noite?
Ver o caos de cima te permite mesmo estar acima dele?
Foto copiada daqui

sábado, 15 de janeiro de 2011

Vou fazer um chá com os meus sonhos. Aceitas uma xícara?

Quando eu era criança pensava cada coisa absurda... Mas hoje entendo que não fazia nada além de exercitar a criatividade. É o que a gente faz quando não sabe. Imagina. Ou busca o conhecimento.
Às vezes eu ficava até tarde da noite imaginando lugares, brincando, devaneando.

Dê o play e continue a ler em seguida, ok?
Eu adoraria saber como se criam os sonhos. Calma, é mais complicado do que o que você começou a pensar. Não estou falando de você querer repetir ao longo da vida as coisas com as quais mais se identifica (coisas que se mostram na forma de carreira, por exemplo). Me refiro aos INGREDIENTES que fizeram o corpo de Mick Jagger emanar a música, a alma de Marilyn Monroe ser íntima dos olhos, as notas de Andante se tornarem o ar de Mozart, o rádio ser o veneno de Marie Curie. Essas pessoas não viveram dias: elas VIVERAM SONHOS, momentos eternos nelas que deram sentido ao pôr do Sol.

A música mudou, hein... E é por isso que eu quero, pelo menos por agora, ferver os sonhos em uma chaleira e serví-los no fim da tarde. Eu sei que vai estar agradável para conversarmos e certamente os pássaros nos deixarão a fim de uma sinceridade mais alta que qualquer mentira, mais simples que qualquer plano A e mais efetiva que decisões.

Eu acho que sonhos devem ser secretos até o momento em que estiverem maduros. Não devem ser prematuramente expostos ao olhar da sociedade, pois esta comumente mantém foices atrás de seus corpos cansados de sustentar suas máscaras sorridentes. Preze pela sua cabeça. Primeiro, solidifique todas as certezas que te motivam a acordar de manhã, que te fazem ir ao trabalho, que te fazem brigar, rezar, bater, gritar. Depois, agradeça-se por ter conseguido ou por ter, pelo menos, tentado.

O chá está quase pronto. Vamos pra sala?

As xícaras de Clarice Cliff. Imagem retirada daqui.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Passeio com a Lua - Dia 4

Eu preciso concluir as coisas que eu começo. Pelo menos as coisas boas.
Não concluir algo soa, sei lá, como um ato irresponsável. E é disso que estou tentando fugir. Por isso vou terminar de postar as ideias que eu guardei durante a minha viagem ao Rio Grande do Sul, em novembro de 2010.

Não lembro como foi aquele dia, mas lembro de como foi a sua noite.
Decidi dar um passeio. Lembro que estava um pouco frio e a lua estava crescente.
Peguei meu mp3 e fui caminhar.

A lua daquela sexta-feira estava bem parecida
com essa da foto (copiada daqui.)
Interessante... a lua é sempre a mesma mas
nem sempre está igual.
O bom de se estar sozinho é que pode-se pensar o quanto quiser, sem interrupções (a não ser que esteja muito exaltado, seja por um bom ou mal motivo), e colocar alguns pingos nos 'i'. Só que tem vezes que, à medida que a gente pensa, parece que os pingos estão acabando, mas ainda há muitos 'i'. Sabe?

E eu me identifiquei com aquela noite. Com um leve vento, profunda, silenciosa.