segunda-feira, 19 de abril de 2010

A primeira - 2

Hoje, no caminho pro trabalho, fui a uma Lotérica perto de casa para pagar a inscrição do concurso da Caixa Econônimca Federal. Ao entrar, felizmente percebi que estava quase vazia, sem filas. Dirigi-me ao caixa 03, onde havia uma atendente nova. À frente dela, no vidro que nos separava, estava impresso numa folha "FUNCIONÁRIA EM TREINAMENTO". No mesmo segundo pensei: "E se ela fizer algo errado e eu acabar por não ser inscrito no concurso?" Afinal era o último dia para pagamento da taxa e erro em lotérica já virou caso de polícia, como o que aconteceu com os falsos ganhadores do bolão da Mega-Sena.

"Tudo bem", pensei. Vou cuidar o que ela faz pra ver se ela faz algo errado.
E realmente, ela cometeu um erro.

Aprendi que é sempre bom estarmos de olho no que nos diz respeito, mas SEM DUVIDAR DAS PESSOAS SEM MOTIVO, porque isso traz preconceito embutido, na minha opinião.

Eu, na minha posição de "sacado", informei o erro à moça.

Quer saber qual foi o erro dela? Sim, todos querem saber.
Ela me forneceu R$ 4,00 a mais de troco. A inscrição custou R$ 27,00; eu entreguei-lhe R$ 30,00 e ela me voltou R$ 7,00.
Com um sorriso do tipo "Veja!" misturado com "Estou com pressa" eu disse "Mas não é R$ 30,00?".
Ela corrigiu o troco com um sorriso do tipo "Ai, que vergonha" misturado com "Nossa, ainda bem que ele avisou!".

Tenho quase certeza de que nós dois aprendemos algo naquele instante.


Imagem daqui.

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